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Cândido Lourençon
(Jandaia do Sul/PR)
Sua obra "Um pouco de cultura financeira" foi publicada por nós, este é o seu primeiro livro? Como se deu a ideia de publicá-lo?
Sim, é meu primeiro livro pulicado. Já havia escrito outros, mas julguei que não estavam bons o suficiente para publicá-los. A decisão de publicar este livro se deu, após solicitações de amigos e, principalmente, de alunos para os quais ministrei durante muitos anos aulas em cursos de pós-graduação da disciplina de Cultura Financeira e Bancos, que reclamavam da ausência de literatura sobre o tema.
Qual o objetivo da sua obra, a sua importância para o universo literário ou para o assunto que aborda?
O principal objetivo é levar aos profissionais, independentemente da área em que atuam, informações sobre a estrutura e funcionamento deste complexo mercado financeiro em que todos estamos inseridos, além de fornecer elementos que os habilitem a conhecer a variedade de produtos bancários e de investimentos que nele são negociados.
Abordamos ainda, um conjunto de conceitos e informações sobre o funcionamento da economia, desde as políticas econômicas adotadas pelos governos, como a parafernália de índices de preços utilizados para mensurar as variações de preços (inflação), cuja literatura, no Brasil, não é das mais abundantes.
Como é ser escritor hoje em dia?
É uma experiência diferente das já vivenciadas em toda a minha vida acadêmica e profissional. O maior desafio foi estar diante de um folha em branco, decidir o que escrever e, responder a cruel dúvida se isso seria ou não útil para o universo literário
Como sua experiência de vida lhe influencia na escrita? Quais são suas inspirações?
Tenho uma grande vivência profissional. Comecei bem cedo, pois já aos 12 anos era funcionário de uma instituição bancária e aos 19 anos exercia o principal cargo de uma entidade pública municipal.
Não consultei o Guinness, mas, se não sou o mais novo, estou entre eles, como mais jovem professor de ensino superior no Brasil, contratado aos 21 anos por uma Universidade Estadual do Paraná. Isso tudo serviu de motivação e inspiração objetivando dar mais uma contribuição pessoal ao universo acadêmico e profissional.
A família e os amigos lhe apoiaram nesta empreitada? Qual fator determinante do apoio ou não deles?
Uma vida sem família é uma vida cinzenta, sem cor. Ela é nosso porto seguro. Os amigos são a família que nos permitiram escolher. Assim, o apoio que deles recebi, foram fatores determinantes para me motivaram a escrever este livro.
Como você enxerga a questão da leitura e do consumo de livros hoje no Brasil?
A leitura envolve inspiração, fantasia e imaginação, que ajudam a entender o mundo ao nosso redor e a nós mesmos.
O brasileiro lê, em média, 5 livros por ano, sendo aproximadamente 2,4 livros lidos apenas em parte e, 2,5, inteiros. Muito pouco, quando comparamos, por exemplo, com os franceses, que leem em média 21 livros A comparação com o hábito de leitura no Brasil é inquietante, pois somente 52% dos brasileiros são leitores.
Uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio (Fecomércio) do Rio de Janeiro mostrou que 70% dos brasileiros não leram um livro sequer em 2014. Pela nossa cultura somos mais oral do que textual. Temos a cultura da oralidade muito mais forte do que a cultura letrada, como há na Europa.
Somente uma mudança radical dos currículos podem fazer com que as gerações futuras mudem essas taxas. Não vejo alternativa se não houver uma ação efetiva do Estado.
Você pretende seguir publicando mais livros? E quais assuntos que gostaria de abordar futuramente?
Sim, pretendo. Estou gestando um livro sobre economia. A maior dificuldade será escrever um livro sobre economia sem o economês, que é a caixa de ferramentas do economista. Traduzir o economês para o português será o grande desafio.
Como você espera que os leitores interpretem a sua obra?
Espero que, nestes tempos de empregabilidade, os ajudem construir sua carreira e traçar o seu futuro, pois as competências e o conhecimento são fatores determinantes na sobrevivência neste mercado competitivo, onde só permanecem aqueles que mudam.
Como foi a sua experiência em publicar na Editora Becalete?
A Editora se mostrou muito profissional, respeitando as características e liberdade do escritor. Merece destaque especial a facilidade em se comunicar com os editores.
Deixe aqui um convite de leitura ao seu leitor, falando um pouco de você e sua obra se preferir.
Como citado na obra, vivenciamos, atualmente, uma época em que estão ocorrendo as maiores transformações da história da humanidade, onde temos uma sociedade extremamente globalizada, dinâmica e evolutiva, em que praticamente todos os mercados funcionam, graças ao avanço da tecnologia, de forma integrada, instantânea e altamente competitiva.
Assim, convido o leitor a navegar neste mundo de informações econômicas/financeiras, onde, conforme Charles Darwin (2019), em suas teorias sobre evolução, escreveu que “entre as espécies, sobrevivem apenas as mais capazes”.
Boa leitura